Um Exuberante Deserto no Altiplano da Bolivia
A REGIÃO DE SUD LIPEZ: Viagem à Bolivia – parte 8
Após uma curta noite de sono em um hotel de sal à margem do Salar de Uyuni, na região sudeste da Bolivia, fomos acordados às 4 da manhã com alguém batendo à porta do nosso quarto. Era nosso guia, que aparentemente tinha pressa. Em poucos minutos nossas mochilas já estavam devidamente amarradas no bagageiro superior do Jeep Toyota 4x4, prontas para uma viagem gelada na escuridão do deserto. Nosso guia/motorista aparentava pouca experiência ao volante e ia seguindo as luzes do veículo da frente, onde seu colega conduzia outro grupo de turistas. Assim, durante mais de duas horas viajamos pelos caminhos de areia e cascalho de Sud Lipez, onde um céu incrivelmente estrelado ia aos poucos cedendo espaço à claridade do sol que já começava a dar seus primeiros sinais de vida.
Foto 179 – Assim são as “estradas” de Sud Lipez. Eu já havia passado maus bocados por aqui em 2008, quando percorri esses caminhos com minha Yamaha XT 600 durante uma viagem de moto ao Atacama.
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Foto 180 – O caminho passa junto a uma sequência de lagoas altiplânicas.
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Foto 181 – Lagoas que são ricas em minerais e cheias de flamingos.
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Foto 182 – E como pano de fundo dessas lagoas do altiplano, montanhas de visual bem peculiar.
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Foto 183 – No exato momento em que o sol surgia no horizonte, paramos em frente ao pico Ollague, único vulcão ativo da Bolívia e que faz fronteira com o Chile.
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Foto 184 – Mas logo seguimos viagem em direção às lagoas da região.
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Foto 185 – A primeira delas - a Laguna Canãpa, apesar de semicongelada devido ao frio da manhã, tinha na superfície um espelho de água que refletia lindamente as montanhas ao fundo.
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Foto 186 – Representante da fauna local, aparentemente à vontade na água de temperatura congelante.
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Foto 187 – Alguns filhotes passeando sobre uma parte congelada da lagoa. ESSES CARAS NÃO SENTEM FRIO?
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Foto 188 – Mas os donos do pedaço são os flamingos, famosos habitantes dos lagos de altitude de Bolivia.
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Foto 189 – Para sobreviverem nesse meio hostil eles desenvolveram um sofisticado sistema digestivo capaz de fazer bom proveito dos parcos recursos alimentícios encontrados no lago.
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Foto 190 – São justamente os microrganismos dos quais se alimentam que fazem os flamingos ficarem com essa cor.
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Foto 191 – E assim os flamingos enriquecem ainda mais a paleta de cores da região.
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Foto 192 – Um agasalhado Robson fotografando os flamingos do lago.
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Foto 193 – Um ponto preto no deserto de Lipez? Minha esposa Alexia!
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Foto 194 – A parada seguinte foi junto à margem da Laguna Hedionda (em bom português, lagoa fedida) que recebeu esse nome carinhoso por causa do cheiro de ovo podre do gás sulfídrico que ela exala.
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Foto 195 – Uma placa de proibido fumar nos dá a dica: além de desagradável ao olfato, o gás sulfídrico é também inflamável.
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Foto 196 – Já o visual é outra história: bastante agradável aos olhos!
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Foto 197 – Foi em um refúgio à beira da Laguna Hedionda que finalmente fomos tomar café da manhã. Da janela daquele casebre rústico, um vista de hotel 5 estrelas.
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Foto 198 – Sem muita demora voltamos para o carro e prosseguimos rumando para sul, sempre próximo à cadeia de montanhas que separa a Bolivia do Chile.
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Foto 199 – Robson no Planeta Marte. Atrás daquelas montanhas começa o deserto do Atacama.
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Foto 200 – Sem qualquer condição para ocupação humana, a região permanece completamente remota e isolada.
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Foto 201 – Alguns animais, no entanto, se adaptam às condições hostis da Cordilheira dos Andes, como essas vicunhas que nos observam, curiosas e ressabiadas.
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Foto 202 – Ou então esse outro aí, com cara de sono, provavelmente aborrecido por termos lhe acordado com nosso carro barulhento.
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Próxima parte:
Lindas imagens!
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