As Ruínas de Monte Albán

ATRAÇÕES DO VALE DE OAXACA | Viagem ao México – Parte 4


Enquanto ainda estávamos em Oaxaca, aproveitamos a conveniência do carro alugado para explorar algumas atrações nos arredores da cidade. Circulando por vilarejos ou pequenas cidades do interior, foi fácil constatar os traços culturais indígenas da população, que em grande parte descende dos Zapotecas, grupo que habitava a região do Vale de Oaxaca. Esta é também a terra da Tequila, bebida mundialmente associada ao México e cujas destilarias podem ser vistas a partir da estrada que atravessa o vale. Mas é através de uma visita às ruínas de Monte Albán que o legado das antigas civilizações desta região se torna mais evidente. 


Foto 065 - Dentre os muitos sítios arqueológicos pré-hispânicos encontrados nesta parte do país, o complexo de Monte Albán é sem dúvidas o mais notável. Por localizar-se a apenas 10 km de Oaxaca, acaba sendo um destino bastante popular entre os visitantes da cidade.





Foto 066 - Monte Albán foi um dia a maior cidade pré-hispânica do vale de Oaxaca. Sua ocupação humana perdurou por mais de 13 séculos - de 500 A.C até 850 D.C, quando a cidade foi misteriosamente abandonada. 

Foto 067 - Ao contemplar estas ruínas, fico imaginando como deveriam ter vivido as pessoas que um dia ergueram estes monumentos.

Foto 068 - O projeto restauração da antiga cidade teve início na década de 1930, prosseguindo pelos 20 anos seguintes. Apesar de ser a ruína mais profundamente escavada da região, estima-se que apenas uma parcela do que um dia existiu esteja aparente.

Foto 069 - E assim foi revelada a antiga capital dos Zapotecas, que por mais de um milênio exerceu controle político e econômico sobre as comunidades do vale central de Oaxaca.

Foto 070 - Uma praça principal integrava as demais partes do conjunto arquitetônico da antiga cidade. Ao norte a ao sul desta praça, a área do sítio arqueológico é delimitada por grandes plataformas, acessíveis por escadarias monumentais.

Foto 071 - Alexia descendo uma das tais escadarias monumentais, na plataforma sul. Monumental mesmo deve ter sido o preparo físico de quem morava por aqui.

Foto 072 - A área arqueologicamente restaurada revelou a existência de diversos palácios e pirâmides, além de 170 tumbas.

Foto 073 - Ao explorarem estas tumbas, os arqueólogos descobriram algumas das mais espetaculares oferendas já encontrados em sítios arqueológicos nas Américas. Uma delas, em especial, continha verdadeiros tesouros em ouro, prata e pedras preciosas, artefatos que hoje podem ser contemplados no Museu Regional de Oaxaca.

Foto 074 - O estudo de todos estes artefatos, assim como a análise criteriosa das características arquitetônicas das edificações, ajudaram a determinar a trajetória de Monte Albán ao longo dos séculos em que permaneceu ocupada.

Foto 075 - Nossa visita às ruínas de Monte Albán durou boa parte daquela manhã. Lá pelas tantas, depois de percorrermos a maior parte do sítio, o sol escaldante acabou nos encorajando a dar por encerrada a visita, de modo que retornamos com o carro em direção à Oaxaca.

Tule - a Maior Árvore do Mundo


No início da tarde passamos por Santa Maria del Tule, uma pequena cidade que ganhou notoriedade mundial por abrigar um cipreste de 2.000 anos de idade. Além da longevidade, a árvore ostenta o título de “tronco mais grosso do mundo”. A cidade aparenta ter sido construída ao redor desta árvore, que fica inclusive dentro do pátio da igreja principal. Bem ao seu lado havia também um convidativo restaurante popular, onde voltamos a degustar as tradicionalíssimas tortilhas mexicanas, feitas na hora por uma habilidosa senhora.


Foto 076 - El Árbol del Tule, provavelmente o ser vivo mais velho do planeta, com seu tronco de 11 metros de diâmetro e 36 metros de circunferência.  Como já era de se esperar, a árvore é considerada sagrada pelos habitantes locais.

Teotitlán del Valle



Foto 077 - Na manhã do nosso segundo dia em Oaxaca dirigimos 30 km até Teotitlán del Valle, outra pequena cidade com 5 mil habitantes, fundada pelos Zapotecas em 1465.  Um dos destaques locais é esta bela igreja, cuja construção iniciou-se em 1581.

Foto 078 - A igreja foi erguida no mesmo local onde antes existia um templo Zapoteca, que acabou destruído após a chegada dos espanhóis.

Foto 079 - Mas Teotitlán é conhecida mesmo por seus têxteis, especialmente os tapetes de lã feitos de forma totalmente artesanal pelas famílias locais. A verdade é que fomos visitar a cidade já com segundas intenções, no caso, intenções de adquirir um exemplar desses tapetes.

Foto 080 - As peças são confeccionadas em teares manuais a partir da lã dos animais locais, sendo muitas vezes comercializados nos pátios das casas das famílias que os produzem. Pudemos conhecer e acompanhar o processo de fabricação desses tapetes e ver como a lã é tingida a partir de pigmentos naturais. De acordo com a cor que se deseja obter, são usados, por exemplo, cascas de árvores, insetos secos, flores etc. Cada trabalho é único, verdadeiras obras de arte, como este deus Zapoteca que voltou conosco para o Brasil e hoje enfeita a parede do nosso apartamento.


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