VIAGEM DE MOTO À PATAGÔNIA - PARTE 3
Cheguei às pressas em Puerto Montt, ainda a tempo de retirar o bilhete para uma viagem de navio até a cidade de Chaitén. Em uma região onde a malha rodoviária já é bem limitada, esta travessia de 10 horas de duração constituía uma das únicas alternativas para se chegar com a moto até o local onde efetivamente inicia a Carretera Austral, retratada na próxima parte deste relato.
|
Foto 051 – A Naviera Austral é a empresa que faz a travessia. A passagem foi comprada ainda no Brasil, para que eu não corresse o risco de perder a vaga e acabasse ficando lá no porto “a ver navios”.
|
|
Foto 052 – Ainda em Puerto Montt, enquanto aguardava o horário de embarque, tive a chance de acompanhar um festival de bandinhas de rock que por acaso estava ocorrendo na praça da cidade. Uma porcaria.
|
|
Foto 053 – O navio deveria partir à uma da manhã, mas atrasou cerca de três horas. Este já é o trecho final da navegação, no final da manhã, enquanto eu arejava as idéias no convés depois de uma noite muito mal dormida nas poltronas dos passageiros.
|
|
Foto 054 – Raios! Por que eu não pensei nisso antes?
|
|
Foto 055 – As acomodações da moto, devidamente amarrada em tonéis de óleo no porão do navio.
|
|
Foto 056 – A navegação é feita pelo canal de Chacao, que separa o Chile continental da ilha de Chiloé.
|
|
Foto 057 – “Atenção tripulação, preparar para o desembarque”. Na aproximação final, os marinheiros vão à terra preparar o cabo de atracagem.
|
|
Foto 058 – Ôh rapaz! Aproveita e já encomenda um pastel e um suco lá pra mim!
|
|
Foto 059 – Durante a aproximação, percebia-se um pequeno protesto, alguns moradores com faixas e cartazes, gritando palavras de ordem e, por algum motivo, pedindo a reconstrução da cidade.
|
|
Foto 060 – E eis que, olhando adiante, entendo o motivo: o cenário de destruição salta aos olhos.
|
|
Foto 061 – Uma cidade fantasma, destruída pela força da natureza e abandonada às pressas pela maior parte de seus habitantes.
|
|
Foto 062 – No dia 2 de maio de 2008, o vulcão Chaitén despertou de um sono de quase dez mil anos e entrou em atividade, trazendo o caos à região.
|
|
Foto 063 – Das casas do povoado, mais de um terço foi destruído pela chuva de cinzas e pela enxurrada de água e lama de um rio próximo que transbordou por causa da erupção.
|
|
Foto 064 – Em certas ocasiões após o evento, ainda puderam ser ouvidas explosões subterrâneas no vulcão, situado a dez quilômetros da cidade. Uma grande quantidade de gás e cinzas também continuava sendo expelida.
|
|
Foto 065 – A presidente Michelle Bachelet impôs um "alerta vermelho" na região e determinou que a cidade fosse totalmente evacuada. A ação supostamente autoritária desagradou a alguns.
|
|
Foto 066 – No entanto, viver ao lado de um vulcão em plena atividade, capaz de varrer o lugar inteiro do mapa não parece uma atitude muito responsável. Por outro lado, como convencer alguém a abandonar seu lar?
|
|
Foto 067 – O governo anunciou que não investirá dinheiro na reconstrução do povoado, pois pretende transferi-lo para outra localidade. Mesmo assim, cerca de 250 moradores decidiram retornar às suas casas.
|
|
Foto 068 – A cidade ficou sem abastecimento de água ou eletricidade.
|
|
Foto 069 – Antes da erupção, a região de Chaitén era conhecida como um destino turístico, possuía um parque e locais para camping. Hoje, a cidade devastada exibe com frieza os rastros da fúria do vulcão que ironicamente tem o mesmo nome do lugar que destruiu. Aos moradores, cabe o desafio de abandonar para sempre sua cidade, condenada à morte pela montanha que por tantos anos lhes ofereceu uma convivência pacífica.
|
Robson, gosto muito de viajar e de conhecer lugares novos, mas não consigo abrir mão do conforto e da segurança. Por isso mesmo admiro a sua audácia, coragem e competência. Acho essas suas experiências muito enriquecedoras e os seus relatos das mesmas, cheios de um humor todo especial, muito enriquecedores. Eles nos levam a viajar um pouquinho também.
ResponderExcluirTenho orgulho de ser sua tia e madrinha. Amo muito você.
Obrigado tia! Segundo palpites vindos lá do Rio, eu mesmo não vou conseguir abrir mão do conforto daqui alguns anos! rsrs...
ResponderExcluirDrombrosky, que parada triste, e a gente aqui no RJ reclamando da chuva da última sexta que alagou a garagem do meu prédio... abs, NIlson Soares
ResponderExcluirContinuo admirando a disposição dos dois.
ResponderExcluirparabéns.
Robson, goitei muito das postagem apresentada no seu site, lindas fotos.Seus pais me visitaram aqui no rio de Janeiro. Sou Carlos Antonio e nos conhecemos em Londres. (Marimha.
ResponderExcluir